MENÇÃO HONROSA para Aguiar da Beira no Dia de Portugal

Na categoria do Ensino Secundário, na modalidade Internet, este blogue foi distinguido com uma Menção Honrosa, pela sua grande originalidade , pelo Júri do Concurso Dia da História. Foi para nós um imenso prazer participar nesta iniciativa, que juntou diversas escolas de todo o país, promovendo o convívio e a cultura num ambiente marcado pelo entusiasmo e pelo interesse pela História nacional. A apresentação dos trabalhos a concurso decorreu em Lisboa, no Castelo de S. Jorge, no dia 10 de Junho de 2010. Uma experiência inesquecível.

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O texto que serviu de base à nossa apresentação foi o seguinte:

 

Era uma vez

No reino d’Aguiar da Beira

(corria o ano de 2010)

Uma escola, uma turma

Que em grande união

E em jeito de brincadeira

Nas aulas de Português

Resolveu tirar da bruma

El-Rei D. Sebastião

Que assim regressa outra vez.

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Mito maior português

Em busca de maior glória

(É grande quem muito ousa

na vontade de querer ir)

Para este Dia da História

Lendo Frei Luís de Sousa

Escrevemos um novo Quibir.

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Música , versos, canção

Palavras, poetas, magia

Provérbios de novo criados

Ou simplesmente inventados

Sobre D. Sebastião,

Com retrato feito à mão

E em árvore a genealogia.

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Adivinha quem lá vem

Dos confins da outra vida…

Romeiro, és tu ninguém

Numa viagem perdida…

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Viemos aqui recontar, no Dia de Portugal,

As histórias que a História conta

Os contos que a História canta

Os cantos que à gente espanta

De uma forma original…

Desejado se fez louco

(Todos o somos um pouco,

Perdendo talvez a razão…)

Mas, aqui em Lisboa,

Num dia como o de hoje,

Dizemos como Pessoa,

No Castelo de S. Jorge,

Viva a loucura de Sebastião!

Published in: on 11 de June de 2010 at 14:10  Leave a Comment  

Sebastião MIX

Published in: on 14 de May de 2010 at 9:04  Comments (1)  

Veia poética

D. Sebastião morreu aos 24 anos

Seu pai morreu antes de ele nascer

Era hermafrodita

Batalha dos três reis, da morte as leis

A 20 de Janeiro de 1554

Seu nascimento foi celebrado, o Desejado

Tanto pela realeza como pelo povo

Infante de 3 anos aclamado rei, tão novo

África no horizonte impaciente

O mito espreita o presente.

                                                             Sofia

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Em Janeiro, D. Sebastião nasceu

Grande alegria trouxe ele a Portugal

Na guerra de África D. Sebastião se perdeu

Nas malhas do destino fatal

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Desejado, o seu cognome

Lutador pelo povo foi

Sebastião é o seu ilustre nome

Coração da sua gente lhe dói

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Com 3 anos, rei de Portugal foi aclamado

Com 14, assumiu a governação

Com o seu sonho ele estava preocupado

Preocupado em servir sua ambição.

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                                                 Melisa

Published in: on 13 de May de 2010 at 21:06  Leave a Comment  

Dar a cara

                                        desenho realizado por Jessi

Published in: on 13 de May de 2010 at 20:30  Leave a Comment  

Tudo em família

                                                                                                             Melisa                     

Published in: on 12 de May de 2010 at 20:25  Leave a Comment  

Qual é a coisa qual é ela?

Diga-me cá, ó senhor,

já que é tão adivinhão,

qual a batalha de morte

mortalha de Sebastião?

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              11.º C

Published in: on 11 de May de 2010 at 21:00  Leave a Comment  

ROMEIRO, ROMEIRO, QUEM ÉS TU?

Em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, o mito sebastianista está bem presente. A obra centra-se numa autêntica catástrofe que atinge a vida de uma família nobre do final do século XVI. O texto fala do desaparecimento, na batalha de Álcacer-Quibir, em 1578, de  D. João de Portugal, um nobre muito respeitado na sociedade; nessa mesma batalha também o rei D. Sebastião perdeu a vida.

Entretanto, a mulher de D. João de Portugal, D. Madalena, espera sete anos pelo marido, sem resultado. Casa então com Manuel de Sousa Coutinho, um português fiel aos valores patrióticos e inconformado com o domínio filipino, homem que ela tinha desde sempre amado.

Manuel e Madalena casam sem ter a certeza da morte de D. João de Portugal. E aí começa a real  dimensão trágica desta peça sublime de Garrett, dado que este casamento assenta na dúvida e no temor de que D. João regresse, facto que implicaria a ilegitimidade deste segundo casamento de Madalena. Deste modo, também Maria seria considerada filha ilegítima.

Entretanto, chega um Romeiro, que diz vir da Terra Santa e querer falar com Madalena. Ao revelar a sua identidade, tudo se complica.  Manuel de Sousa Coutinho rende-se ao destino cruel e vai professar, tal como  Madalena. Maria, a filha, revolta-se contra uma sociedade que recrimina inocentes, como é o seu caso, e morre de vergonha.

A expectativa do regresso de D. João de Portugal arrasta consigo a expectativa do regresso de El-Rei D. Sebastião, desaparecido na mesma batalha de Álcacer-Quibir.

Telmo Pais é a personagem sebastianista por excelência. Aio de D. João de Portugal, cultiva sempre a esperança de que o seu senhor regresse. Ironicamente, é no reencontro com D. João que deseja que este nunca tivesse voltado, dado que tal regresso implica o sofrimento de Maria, por quem Telmo se afeiçoou profundamente.

Fizemos um poema baseado na longa espera de Madalena por D. João de Portugal:

Sete anos te esperei

Por sete mares te chamei

Sete colinas subi

Em busca de ti, de ti…

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Romeiro, romeiro, quem és tu?

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Sete missas te rezei

A sete chaves guardei

Sete pecados mortais

Sete noites não dormi

Em busca de ti, de ti…

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Romeiro, romeiro, quem és tu?

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Sete sábios questionei

Sete esfinges encantei

Com sete liras de ouro

Sete mapas decifrei

De sete dores padeci

Em busca de ti, de ti…

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Romeiro, romeiro, quem és tu?

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A sete estrelas roguei

Sete noivas invejei

Sete promessas de amor

Sete sóis e sete luas

Sete quintas, sete ruas

Em sete altares me benzi

Em busca de ti, de ti…

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Romeiro, romeiro, quem és tu?

Published in: on 11 de May de 2010 at 20:46  Leave a Comment  

O último sonho

O velho do Restelo

«Tudo começou em Marrocos, tudo acabou em Marrocos. A mais luzidia de todas as armadas, com centenas de navios e milhares de guerreiros, levou Portugal para o holocausto. Era D. Sebastião o seu capitão-mor, entusiasmado pelo sonho de construir, no Norte de África, o Império mais poderoso de todos os tempos. Tudo se perdeu na batalha de Alcácer Quibir, supremo desastre onde a esperança se esvaiu em sangue. O jovem rei pensava certamente levantar Portugal da decadência em que se tinha prostrado. Mas o imponderável aconteceu e a sorte foi madrasta. Quem se fazia grande, e cada vez mais, era Filipe II de Espanha que, havia pouco, esmagara os Turcos em Lepanto e crescia em opulência com a prata do Peru descarregada em Sevilha. »

in Reis, A. do Carmo (1992), Atlas dos Descobrimentos, Porto, Porto Editora, p. 74.

Published in: on 11 de May de 2010 at 18:10  Comments (1)  

El-Rei D. Sebastião

El-Rei D. Sebastião, por José Cid

Published in: on 10 de May de 2010 at 21:33  Leave a Comment  

Elogio da loucura

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

                                                Fernando Pessoa, Mensagem

Published in: on 10 de May de 2010 at 20:33  Leave a Comment